POETAS DE PARABÉNS
MANUEL BANDEIRA
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De
desalento... de desencanto...
Fecha o
meu livro, se por agora
Não tens
motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza
esparsa... remorso vão...
Dói-me
nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota
a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos
lábios a vida corre,
Deixando
um acre sabor na boca.
– Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, de seu nome completo, nasceu em Recife aos
19 de abril de 1886 e faleceu no Rio de Janeiro a 13 de outubro de 1968.
Consagrou-se como escritor na área da poesia.
Fez parte da geração do modernismo do Brasil.
A sua reputação permitiu-lhe ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Consagrou-se como escritor na área da poesia.
Fez parte da geração do modernismo do Brasil.
A sua reputação permitiu-lhe ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.